É totalmente viável se medir o custo de uma empresa. Afinal, as contas são pagas pelo caixa, e por ele se pode levantar facilmente qual foi o total de gastos da companhia. Pode-se dividir os gastos em classes, ou divisões, tantas quantas forem necessárias.
Quando se levantam esses custos por um período maior, e acumulam-se os dados, tem-se uma noção mais exata de quanto representa cada tipo de gasto, nos gastos totais da empresa.
Quando o período de análise chega a 1 ano inteiro, tem-se a verdade dos gastos relativos, porque em 1 ano inteiro de levantamentos, se mediu a sazonalidade das vendas, os gastos extras tipo férias ou dissídios, e tem-se uma noção melhor das perdas no processo produtivo. Portanto levantando os gastos pelo período de 1 ano, tem-se 100% da certeza possível em relação aos custos da empresa.
Mas e quanto aos custos dos produtos? – o que aqui se tem são sempre opiniões, aproximações, pode se dizer que estas medições são apenas esperanças. Espera-se que o custo levantado esteja certo. Mas porque espera-se, e não sabe-se?
– Porque todo rateio é uma esperança que dê certo. Não é por outro motivo que os custos, pelos métodos tradicionais, variem tanto mês a mês.
A verdade é que, a menos para efeitos contábeis, o tal ‘custo unitário’ é e será sempre algo irreal, e inútil para se administrar uma empresa. E vejam que o que a contabilidade de custos faz, usando rateios para se definir o custo dos estoques, o que ela provoca, por ser obrigada pelo Fisco, é fazer a empresa pagar mais imposto do que deve, e numa data bem mais cedo do que deveria. Afinal, o custo do estoque de um produto físico, enquanto não foi vendido, deveria ser contabilizado apenas pelo seu gasto de matéria prima. É assim que o caixa da empresa enxerga os estoques. Para ele – o Caixa – a matéria prima foi comprada e paga, e as demais despesas da empresa, ou também já foram pagas, ou estão na rubrica de valores a pagar. Para a lógica do Caixa, tendo material em estoque, mesmo pronto, significa uma conta de Ativo menor – pois só o custo da matéria prima deveria ser alocado – e um resultado menor portanto nas contas de resultado. Para o Caixa o que houve foi que ele pagou matéria prima, mas as vendas ainda não retornaram a ele.
Usando esses conceitos – que acreditamos ser os certos -, chegamos a um custo real da empresa, e conseguimos definir um índice de preços médio, ou seja, sabemos com certeza qual deve ser o ’preço médio ponderado’ que leva a empresa ao lucro. Comparando esse índice com a realidade da empresa, sabemos o quanto os preços da empresa ‘em média ponderada’ estão defasados ao que seria necessário para se atingir o lucro.
Esse é o único custo que se consegue levantar 100% numa empresa. O resto são rateios, meras ‘esperanças’!