Um médico cobra 100 numa consulta. Outro cobra 1500.
Um cabeleireiro cobra 30 num corte de cabelo. Outro cobra 300.
Uma hora de mecânico numa oficina de bairro tem o preço de 50. Numa autorizada BMW, 1500.
Afinal, como se chega ao preço de um serviço?
Além do nome, ou da fama, do profissional, existe diferença significativa entre dois serviços, que permita discrepâncias tão grandes de preço?
Existe a concorrência de mercado. Mas ela é fechada em cada classe de serviço. Ou seja, existem os “serviços de luxo”, e existem os “serviços populares”. E, se o governo tem a chance de controlar o aumento de preços de “produtos” via importações, isso não funciona nos “serviços”. Serviços não se importam. Além do que, existem serviços que são controlados pelo governo via alguma agência reguladora. Mas sempre que existe esse “controle”, os preços controlados tendem a aumentar mais que os preços livres: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2499
Por isso os preços de serviços são parametrizados por cada tipo de mercado na base da “demanda x oferta”. Cada concorrente do mercado tem uma base aproximada dos preços que seus concorrentes trabalham. E “sentem” quando um preço será competitivo ou não, de acordo com a oferta e demanda do momento. E assim o mercado vai fluindo.
Mas a nossa preocupação, como especialistas em custos, é sempre definir qual deve ser o “preço de corte”. E em serviços esse trabalho é muito delicado e específico. Cada tipo de serviço é diferente. Nós temos que achar algum “parâmetro” que seja comum a todo tipo de orçamento, que possamos usar para base de nossos cálculos. Toda solução deverá ser desenvolvida junto com o cliente, pois o sistema tem que ser operacionalizado na prática.
Por isso dizemos que o levantamento de custos, e preços, em serviços, é uma “arte”.