Como já falamos em outro artigo, um dos objetivos a serem atingidos todo mês é chegarmos, e preferencialmente ultrapassarmos, o Ponto de Equilíbrio.
Mesmo que tenhamos uma margem de lucro adequada, se não atingirmos o Ponto de Equilíbrio de Faturamento, não conseguiremos pagar todas as nossas contas.
Mas o que é melhor – atingir o ponto de equilíbrio sem margem, ou ter margem, mas não atingir o ponto de equilíbrio?
– É sempre “menos mal” se ter margem adequada, mesmo que não se tenha atingido o ponto de equilíbrio.
Isso porque o “ter margem adequada” significa que as vendas que foram feitas, o foram a um preço médio interessante. O que está faltando é só maior volume de vendas. Quando, além de não se atingir o ponto de equilíbrio, ainda assim as vendas que foram feitas aconteceram com um preço inadequado, o trabalho tem que ser duplo – melhorar a margem, e aumentar o volume “ao mesmo tempo”.
O nosso cálculo de ponto de equilíbrio mostra qual “deveria ter sido” o faturamento no período do ano anterior, para que todas as contas fossem pagas. Além de um parâmetro de “valor de faturamento”, ele também dá a resposta de “qual deveria ter sido o preço médio de venda” para que o lucro tivesse sido atingido.
Mas há mercados, mormente em períodos de crise como o atual, em que não há a menor possibilidade de se aumentarem os preços médios de venda. É claro que se a margem de lucro bruta atual está inadequada, e o mercado também não aceita maiores preços, que o “ponto de equilíbrio levantado” tende a subir ainda mais. Em outras palavras, há “dois pontos de equilíbrio” sempre: um mais baixo quando se consegue atuar com “preços que tenham margens adequadas”, e um mais alto, quando só é possível se alavancar as vendas com, no máximo, a margem bruta de lucro atual. O nosso sistema de custos também dá essa informação – caso não se consiga margem adequada para as vendas incrementais (vendas marginais – o “acréscimo”) – o ponto de equilíbrio se deslocará para “tal valor”. Se esse valor for alto demais, fica claro que teremos que enxugar a estrutura, porque se não o fizermos vamos estar correndo atrás de um ponto de equilíbrio dinâmico, que estará sempre se “deslocando para cima”.
Esse tipo de análise ficará mais claro quando estivermos trabalhando juntos, nós como consultores, e vocês, como clientes.
Detalharemos melhor este assunto em um segundo artigo sob este mesmo Título.